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As Aventuras de Sharpe vol. 1: O Tigre de Sharpe

24/03/2013

O Tigre de Sharpe é o primeiro volume (em ordem cronológica) da saga As Aventuras de Sharpe, do autor inglês Bernard Cornwell. A série já conta com mais de 20 livros (dos quais só dez foram traduzidos para o português brasileiro, so far), além de várias adaptações televisivas com o Sean Bean interpretando o personagem principal, Richard Sharpe. O começo dessa história toda se passa na Índa, em maio de 1799 e descreve como os ingleses cercaram e tomaram a ilha de Seringapatam (hoje chamada Sriringapatna), do sultão Tipu Ali. Pausa para a primeira observação: tudo isso realmente aconteceu.


“O cerco e a queda de Seringapatam (hoje Sriringapatna) em maio de 1799 pôs fim em décadas de conflito bélico entre a dinastia muçulmana que regeu o estado de Misore e os invasores britânicos.” (pág. 389)

O Cornwell realmente cavou fundo, pesquisou de verdade para escrever todo esse romance. Os personagens existiram de fato (ou, pelo menos, a grande maioria deles), e as descrições a respeito de tudo são as mais precisas possíveis. Não só do ponto de vista narrativo, de querer detalhar todo o cenário de forma a melhorar a imagem criada pelo leitor, como também pela base histórica. É como se nós estivéssemos lá de verdade quando a batalha, realmente, aconteceu. E esse é um dos pontos mais positivos e incríveis a respeito de Bernard Cornwell: ele vai atrás; ele pesquisa; ele não se detém. Ler um romance dele é uma aula de história à parte.

Sobre a narrativa, este é um dos livros mais simples do Cornwell. Na trilogia A Busca do Graal e, acredito que, n'As Crônicas de Artur também, a forma como os acontecimentos são descritos não são tão simples quanto em As Aventuras de Sharpe, até onde pude perceber. Mas essa simplicidade é o maior mérito do livro. Uma história muito boa, personagens (que apesar de personalidades não muito complexas) também muito bons, e uma narração fluida. Não há um sentimento de "ah, mas que livro arrastado". Nunca. Jamais. Na minha opinião, de fã assumida de BC, nenhum livro dele tem uma narrativa que não seja, no mínimo, sensacional, mas há gostos e gostos...

No mais, é um livro ótimo e bastante recomendado aos amantes do gênero, além de ser escrito pelo melhor autor daquilo a que se dispõe escrever. Sugiro também a série de filmes baseada nos livros que, embora eu ainda não tenha assistido, tenho altas expectativas por ser uma produção inglesa (a grande maioria sempre de muita qualidade), além de ter a atuação de um Sean Bean novinho de vinte anos atrás. Enquanto isso, fico por aqui na minha aventura pessoal de ler os próximos vinte volumes restantes da série.

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